Aumento no número de casos serve de alerta para prevenção contra Aids, Sífilis e Hepatites

Embora a camisinha seja distribuída gratuitamente nos postos de saúde, muitos optam por não usá-la e acabam adquirindo doenças, o que é muito preocupante.

Imagem ilustrativa: saude.se.gov.br

O número de casos de pessoas com HIV/Aids, Sífilis e Hepatites B e C tem crescido em Sergipe, apesar das ações rotineiras e campanhas de conscientização para o uso de preservativos realizadas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Para se ter uma idéia, nos últimos quatro anos 1.430 gestantes foram diagnosticadas com Sífilis. Somente no primeiro semestre deste ano, já foram mais de 135 casos, segundo o Programa IST/Aids. Em relação às Hepatites, neste ano foram confirmados 42 casos da B no estado e 19 da C.
Segundo o coordenador do Programa IST/Aids, Almir Santana, as pessoas precisam se conscientizar da importância do uso do preservativo para evitar doenças. Ele conta que a cada 100 testes realizados são descobertos em média dez reagentes da sífilis. “Fazemos ações e campanhas constantemente, mas as pessoas ainda precisam se conscientizar muito mais da importância do uso do preservativo. Embora a camisinha seja distribuída gratuitamente nos postos de saúde, muitos optam por não usá-la e acabam adquirindo doenças, o que é muito preocupante”, disse.
Ainda de acordo com ele, os números são mais alarmantes nos casos de sífilis congênita, doença infecciosa transmitida da mãe para o bebê durante a gravidez e que pode causar graves consequências como a má-formação do feto, o aborto ou a morte da criança logo após o nascimento. Entre 2016 e 2017 foram confirmados mais de 400 casos de crianças com a doença em Sergipe. “Isso mostra que há falhas no pré-natal, que é feito na Rede de Atenção Básica, e que também muitas gestantes não procuram fazer de maneira correta os exames preventivos”, disse.
Almir completa que o recomendado é que o teste de sífilis seja realizado no primeiro trimestre da gestação e antes do parto. “Se o resultado der positivo é preciso iniciar o tratamento o mais rápido possível para evitar problemas ao bebê. Por isso, o pré-natal é tão importante desde o início da gestação. Mas, como muitas gestantes não fazem os exames preventivos, infelizmente, em muitos casos a doença é diagnosticada tardiamente. Muitas pessoas têm sífilis e não sabem”, declara.
Quando o assunto é o HIV/Aids as estatísticas também não são positivas. De 1987, ano da epidemia da doença, até 2017, foram notificados 5.800 casos da doença em Sergipe e destes, 1.415 pessoas foram a óbito por causa da enfermidade. “O aumento no número de casos de HIV/Aids está ligado ao comportamento das pessoas que insistem em ter relações sexuais sem o uso do preservativo. A incidência da doença continua sendo maior em homens e na faixa etária de 20 a 34 anos. Enquanto a sociedade não se conscientizar realmente da importância da camisinha, não conseguiremos baixar as estatísticas, apesar das campanhas permanentes”, conclui o coordenador do Programa.
Fonte: saude.se.gov.br

03 Agosto 2017,
Postado por admin em Notícias