Atualmente as cenas vêm sendo protagonizadas pelas figuras mais proeminentes da historia recente da política brasileira, um verdadeiro lamaçal que revela os nomes e o que fizeram é estarrecedor.
Nos últimos dois anos o amanhecer no Brasil tem sido recheado de notícias acerca de uma avalanche de corrupção e ações policiais com prisões e apreensões de material probatório correspondente. O instituto da colaboração premiada possibilitou a celeridade da instrução processual de forma que se chegou a sentenças condenatórias em tempo recorde nunca antes visto na historia do judiciário brasileiro, marcado pela morosidade.
Outra circunstancia notável, é o fato de que pela primeira vez na historia do país, um cidadão reconhecido pela fortuna imensa que ostenta, recebe uma condenação vultosa, no mesmo sentido figuras políticas de alto escalão também são sentenciadas e presas, outrora temporária ou preventivamente; enfim os que se achavam semideuses foram ouvir a voz do silêncio em uma cela, antes destinadas apenas aos meros mortais.
Atualmente as cenas vêm sendo protagonizadas pelas figuras mais proeminentes da historia recente da política brasileira, um verdadeiro lamaçal que revela os nomes e o que fizeram é estarrecedor. Noutro polo, a situação de instabilidade econômica o aumento progressivo e injustificado da inflação vem corroborar a verdade sobre os valores exorbitantes suprimidos da economia brasileira pelas práticas criminosas denunciadas e descobertas.
Muito triste também é perceber que além do enorme mal que fizeram ao povo brasileiro, povo esse, honesto, ordeiro e trabalhador; ainda puseram em prática estrondosas campanhas publicitárias de mentiras e opiniões de interesses para legitimar inocências pretendidas, usando mais uma vez o povo humilde como massa de manobra, incitando a violência, sentindo-se no direito de alienar uma nação inteira; a desfaçatez é tão insolente que espalham textos que sugere que é desse mesmo povo que vem a corrupção.
Assassinam diariamente os princípios republicamos e derramam outras vezes, o sangue dos que lutaram e morreram pela causa dessa nação. Renomeiam a república como velha ou nova ao toque do que mais interessa às oligarquias que se revezam no poder, dilapidam o patrimônio do povo brasileiro, se digladiam no ringue das comunicações de massa se arvorando serem defensores dos interesses nacionais, promovendo campanhas que em muito lembram as táticas do nazismo.
Não bastasse tudo isso, assistimos a institucionalização da violência com a convocação de exército de sectários, a utilização dos cargos (por todos), para ameaçar, cometer crimes e se esquivar da ação da lei, relegando ao lixo o estado democrático de direito, falam em golpes, mas não falam do golpe que deram no povo brasileiro, fazendo-me compreender melhor por que ninguém ousou responder quando Renato Russo perguntou “que país é esse”.
Shakespeare já dizia “sempre vai haver dois lados” é compreensível, mas não é aceitável que esses dois lados sejam podres, concomitantemente, como o são, sob pena de fazer ruir os pilares da república e se instalar o caos generalizado, nesse momento da história é inegável que o único inocente é o povo. O instante singular em que eles falam a verdade é quando se acusam mutuamente, porque se conhecem muito bem e sabem com propriedade os crimes que praticaram e ai reside a explicação convincente do que Cazuza quis dizer com “transformam o pais inteiro num puteiro”.
Cada centavo que escorre pelo ralo da corrupção representa um tijolo na escola do seu filho, médico do posto de saúde, um medicamento na farmácia, um leito hospitalar, um posto de trabalho, a merenda escolar, segurança pública, o professor na sala de aula, a estabilidade econômica que possibilite uma vida mais digna. Nenhum político é melhor que o outro, o que os diferencia é tão somente a honestidade, aquele que trabalha, não faz favor a ninguém, pois quem se candidata o faz prometendo trabalhar e para isso é remunerado. Por tudo, “meu partido é um coração partido” e a clichê de Gabriel o pensador, ao político digo “Me respeita! Eu sou o dono desse lugar!” contudo, tenho certeza que a política é para as pessoas honestas.
É como penso.